Em audiência com Ministro das Relações Exteriores, o parlamentar também pediu a condenação de manifestações em favor do Hamas pela extrema esquerda brasileira.
Durante audiência pública da Comissão de Relações Exteriores, na qual foi ouvido o Ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, o Senador Alan Rick (União-AC) pediu que o Governo Brasileiro reveja sua posição de neutralidade quanto ao conflito entre Israel e o Hamas e que reconheça o grupo como terrorista. Na reunião, realizada nesta quarta-feira, 18, o Senador também alertou para o risco de o Governo não ter repudiado as manifestações de grupos de extrema esquerda, no Brasil, que celebraram os ataques contra Israel. “É preciso que se condene de forma rigorosa essas manifestações antissemitas. Isso suscita o ódio, suscita a violência”.
O Senador, que é 1º Vice-presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, citou as atrocidades cometidas contra civis em território israelense, incluindo crianças e mulheres, conforme relatado diretamente a ele pelo Embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, durante um encontro que tiveram no início desta semana. “Eu tenho um filhinho de dois anos e meio, e me coloco no lugar desses pais”, lamentou.
O Ministro Mauro Vieira explicou que o Brasil segue a orientação da Organização das Nações Unidas e só adotaria a classificação de grupo terrorista se a ONU o fizesse. Ele afirmou: “O Hamas é um partido político, que tem seu braço administrativo e duas brigadas, que são seu braço armado, e nenhum desses braços foi classificado como organização terrorista pela ONU.” O chanceler também destacou que o país mantém relações positivas tanto com Israel quanto com a Palestina, o que permitiu a negociação para a retirada de brasileiros da região.
Alan Rick reiterou, ao final, que o direito de Israel de se autodefender deve ser reconhecido pelo Conselho de Segurança da ONU, presidido pelo Brasil, e enfatizou que o país está lutando pela sobrevivência de seu povo. Ressaltou ainda que o Hamas está proibindo civis de deixarem as áreas de Gaza em conflito, utilizando-os como escudos humanos.