A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, fez 22 viagens em jatinhos da Força Aérea Brasileira (FAB) em apenas dez meses de governo.
As viagens de Marina incluem tanto destinos internacionais como também voos de curtíssimas distâncias. Em 11 de agosto, Marina Silva pegou um jatinho da FAB para voar por 25 minutos entre Brasília e Goiânia, capital de Goiás.
Há ainda diversos voos “bate e volta” entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Em uma viagem de 22 de julho para São Paulo, o voo da FAB foi usado por Marina com apenas mais uma pessoa a bordo. Um outro voo foi feito de São Paulo para Belém em que a ministra Marina Silva levou apenas duas pessoas, de acordo com o jornal Diário do Poder.
ONG em que Marina Silva é conselheira gastou maior parte das verbas com viagens
A ONG Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), em que Marina Silva ocupa o cargo de conselheira honorária, recebeu R$ 35 milhões do Fundo Amazônia em 2022.
Na terça-feira 17, o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, senador Plínio Valério (PSDB-AM), acusou o Ipam de usar apenas 11% da verba em serviços ambientais. Outros 80% teriam sido gastos com consultorias, viagens e salários de funcionários.
Já o relator Márcio Bittar (União Brasil – AC) falou em uma “relação promíscua” entre integrantes do governo Lula e as ONGs. Marina Silva faz parte do Comitê Orientador do Fundo Amazônia, o que lhe possibilitaria influenciar na escolha das instituições selecionadas para serem beneficiadas.
O diretor-executivo do Ipam, André Guimarães, defendeu a organização dizendo que um único projeto de assentamentos na Amazônia consumiu R$ 25 milhões do Fundo Amazônia em quatro anos. Guimarães afirma que 2 mil famílias foram beneficiandas com 135% de aumento de renda durante o projeto.