O jornalista Luiz Carlos Braga que acumulava as funções de apresentador e editor-chefe na TV Brasil foi demitido da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). Em uma entrevista ao Podcast 61, em novembro do ano passado, após a eleição de Lula (PT) no segundo turno, ele criticou o petista e teceu elogios a Jair Bolsonaro (PL).
Apesar de sua fala não ser atual, o vídeo em questão emergiu recentemente dentro do governo e o apresentador sofreu uma retaliação política.
No podcast, quando questionado sobre qual seria sua posição política, Braga respondeu:
– Eu sou o que vai ser melhor para o país. (…) Eu tenho críticas aos dois candidatos que disputaram esse segundo turno [Jair Bolsonaro e Lula]. Não vejo grandes modificações que possam ser feitas no país para melhor com o resultado que a gente teve.
Em outro trecho, Braga fez elogios a Jair Bolsonaro:
— Ele teve muita boa intenção, ele me lembrava muito a forma de governar do Collor. O Collor quando disse que não precisava do Congresso, o Congresso foi e tirou ele. Cometeu alguns erros, mas cometeu erros como todo mundo que passou na Presidência da República cometeu.
Sobre a eleição de Lula, o jornalista afirmou ter admiração pela trajetória do petista, mas o criticou pelas condenações sofridas por corrupção.
— Me assusta o fato de você ter uma pessoa condenada em várias instâncias ter virado presidente, porque foram anuladas todas as condenações. Aí você pensa, todos esses juízes estavam errados – observou.
O jornalista também criticou a postura “muito partidária” da grande mídia na cobertura política do país, que perseguiu Bolsonaro em seus quatro anos de mandato.
– Todo mundo decidiu que não, “não gostamos do cara [Jair Bolsonaro], vamos acabar com o cara” – declarou.
O ex-âncora da TV Brasil condenou a “judicialização de tudo” no Brasil.
– Tudo aqui vai parar no Supremo [STF]. E a gente tem Três Poderes: Legislativo, que faz as leis, o Executivo, que executa, e o Judiciário, que julga. Hoje a gente tem um Judiciário que faz as leis, um Legislativo que obedece o Judiciário, e um Executivo que faz o que quer.
Créditos: Pleno News.