A ministra substituta do Ministério das Relações Internacionais, Maria Laura Rocha, afirmou que cerca de 2.500 brasileiros ainda estão em Israel e aguardam o resgate do governo. “Nosso objetivo é trazer todos de volta”, reafirmou (veja imagens a seguir). Além disso, há 50 cidadãos do Brasil dentro da Faixa de Gaza, que também devem ser repatriados. Na madrugada desta quarta-feira (11), a primeira aeronave chegou com 221 pessoas que estavam na zona de conflito.
A declaração foi feita momentos antes de os primeiros repatriados chegarem ao aeroporto de Brasília. Além de Maria Laura, o ministro da Defesa, José Múcio, e o comandante da Aeronáutica, tenente brigadeiro Marcelo Damasceno, recepcionaram os primeiros brasileiros trazidos de volta.
Uma segunda aeronave idêntica pousou em Tel Aviv, em Israel, às 14h05 (horário local) desta quarta-feira (11/10), para transportar brasileiros com destino ao Rio de Janeiro. Na tarde de terça (10), uma terceira aeronave para repatriação de brasileiros decolou do Brasil. A KC-390 Millennium (Embraer) tem capacidade para 60 lugares.
Essa é a primeira etapa da operação, que priorizou o embarque de pessoas que moram no Brasil e não têm passagem de volta. O governo estima que 900 pessoas devam ser resgatadas nessa etapa. A segunda parte da operação está sendo planejada.
Múcio, porém, ressaltou que o objetivo principal é trazer todos os brasileiros que estão na região e em países vizinhos. “O Itamaraty já está em contato com países vizinhos para ver se nós deslocamos os outros brasileiros que estão no entorno”, ressalta.
“O presidente Lula tem orientado para que não fique nenhum brasileiro. São grupos pequenos, lá têm de se deslocar por terra, porque não temos acesso para que o avião pouse. Estamos trabalhando para levá-los para um lugar seguro e que possam também voltar a sua terra […]. O Brasil é o primeiro país a realizar essa operação”, completou Múcio.
Esquema especial em Gaza e Cisjordânia
O governo brasileiro estima que 50 brasileiros estejam na Faixa de Gaza, o centro do conflito. Segundo Damasceno, um plano de ação com informações detalhadas da região está sendo feito. “Inicialmente, imaginava-se a Cidade do Cairo como base, mas é uma distância longa, tem alguns check points a serem cruzados. Estamos analisando outros dois aeroportos, ao norte e nordeste do Egito”, explicou. “Apesar da sensibilidade da região, temos certeza de que traremos todos.”
Além disso, cidadãos que estão na Cisjordânia também vêm sendo monitorados para ser resgatados. Segundo o governo, o principal desafio é o fechamento das fronteiras.
R7