Os Estados Unidos não devem enviar soldados norte-americanos para combater ao lado de Israel na guerra contra o grupo terrorista Hamas. As declarações foram dadas pelo porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby.
“Não há intenção de colocar as tropas dos Estados Unidos em combate”, disse Kirby nesta segunda-feira (9), segundo a CNN.
Apesar do desejo de não enviar soldados para a guerra, o porta-voz ressaltou que o presidente norte-americano, Joe Biden, está atento para “defender os interesses” dos EUA “onde quer que seja, especialmente naquela parte do mundo”.
John Kirby acrescentou que os EUA enviaram ajudas militares para Israel e que o governo americano está preparado para continuar ajudando as forças israelenses. “Permaneceremos em sintonia com eles na medida em que precisarem de suporte nessa luta”, afirmou.
A Casa Branca informou hoje que enviou suprimentos de defesas aéreas, armamentos e outros tipos de assistência de segurança para Israel no confronto contra o Hamas. Os EUA também destacaram que poderão fornecer suprimentos de guerra para Israel e a Ucrânia ao mesmo tempo — o país europeu segue em guerra contra a Rússia e tem na Casa Branca seu principal aliado.
Em um comunicado conjunto com países europeus, os Estados Unidos, além de reforçar seu apoio a Israel, alertaram ao Irã que não vão tolerar qualquer tipo de ajuda ao Hamas. Para os países, “as ações do Hamas não têm justificativa, não têm legitimidade e devem ser universalmente condenadas”. “Nada, jamais, justifica o terrorismo”, afirmam.
Ataques e cerco a Gaza
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou mais cedo que “o que o Hamas vai viver será difícil e terrível”. “Já estamos na campanha e estamos apenas começando. Sua liderança tem sido muito forte nestes dias difíceis. O Estado não deixará pedra sobre pedra para ajudar todos vocês”, falou o premiê a líderes regionais do sul do país.
Israel ordenou um cerco “completo” à Faixa de Gaza, nesta segunda-feira (9), quando chegaram ao terceiro dia de combates após o lançamento de uma ofensiva do Hamas.
Como funciona o cerco a Gaza?
Sem água, energia, combustível, gás e comida. “Estamos impondo um cerco total à Gaza. Nem eletricidade, nem comida, nem água, nem gás. Tudo bloqueado”, disse o ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant.
População de região densamente povoada fica prejudicada. Cerca de 2,3 milhões de pessoas no território palestino depende diretamente desses recursos que já são escassos normalmente.
Desde junho de 2007, Israel mantém bloqueio sob a Faixa de Gaza, ocupada na sua forma atual desde junho de 2007, segundo a Al Jazeera.
Tanques e drones ajudam na guarda. Várias aberturas foram feitas na cerca que separa o território palestino de Israel, para impedir que mais infiltrados entre na parte israelense.
UOL