Uma imagem vale mais que mil palavras, mas dependendo da foto, pode custar uma demissão. Foi o que aconteceu com algumas mulheres que, ao postarem registro nas redes sociais, acabaram “causando” e mostrando “mais do que deviam” — pelo menos na opinião dos respectivos chefes. O jornal britânico “Daily Star” listou alguns casos que tiveram repercussão dentro e fora do Reino Unido.
A apresentadora infantil Sarah-Jane Honeywell
Sarah-Jane é uma apresentadora conhecida pelo seu trabalho no canal britânico infantil CBeebies, da BBC. Mas, em 2008, ela posou seminua para uma campanha da PETA, organização que defende tratamento ético para os animais, e perdeu o emprego.
“Entendi tudo errado e minha necessidade ingênua de transparência e de viver minha vida com liberdade me levou à demissão”, chegou a dizer Sarah-Jane Honeywell — Foto: Reprodução/PETA
O momento desempenha um papel importante em sua vida até hoje. Recentemente, no Instagram, a apresentadora compartilhou um registro de suas férias com os filhos na Espanha. Na imagem, ela aparece de costas, com os seios à mostra, junto com as crianças em uma praia. Foi o suficiente para usuários lembrarem do caso e “se preocuparem” com um possível bullying que as crianças poderiam sofrer.
Sarah de topless em um feriado recente na Espanha com os filhos — Foto: Reprodução/Instagram
“(As fotos) eram só a silhueta do meu corpo e depois outra tirada por trás. As pessoas ficaram indignadas. Minha seção de comentários foi inundada por estranhos preocupados com meus pobres meninos. Foi uma loucura, eles são apenas peitos”, queixou-se Sarah-Jane.
A enfermeira odontológica Lúcia Maria
Lúcia Maria trabalhava como enfermeira odontológica quando, há 3 anos, seu chefe a viu na numa página sensual do “Daily Star” — uma tradição dos tabloides do Reino Unido que leva modelos ao “centro das atenções”.
Lucia Maria agora trabalha como apresentadora do Babestation — Foto: Lucia Maria
Na época, Maria recebeu um ultimato para parar de vender fotos sensuais, mas preferiu deixar o consultório e seguir como modelo. Hoje, ela trabalha em um canal de sexo por telefone na TV e conta que, apesar de ter sido difícil deixar todo o trabalho acadêmico para trás, já que sonhava ser dentista, tomou a decisão certa.
“Foi literalmente a melhor decisão que já tomei. Eu não estaria nesta fase da vida de outra forma”, disse ao “Daily Star”. “Minha vida seria muito diferente. Agora estou me saindo melhor do que ele (ex-chefe) e passo por lá o tempo todo e aceno rindo. Eles ainda são as mesmas pessoas que trabalham lá. O dinheiro e a liberdade que tenho agora são incríveis e tudo acabou bem para mim”, acrescentou.
Anna Anufrieva, a agente secreta de Vladimir Putin
A russa Anna Anufrieva tinha um emprego “secreto” trabalhando para o governo da Rússia. O trabalho, no entanto, não a impediu de enviar imagens divertidas para a competição anual do calendário da revista “Playboy”.
A professora infantil Elis Nebsniak
Elis Nebsniak trabalhava em uma creche particular em Curitiba quando seus chefes encontraram algumas fotos dela de biquíni nas redes sociais. Eles, então, disseram que a professora não se enquadrava na conduta da escola e a demitiram.
Elis Nebsniak é casada e seu marido apoiou sua decisão de iniciar um OnlyFans após perder o emprego — Foto: Instagram/sexy_beatz_dj
“Era uma creche e sempre trabalhei de acordo com as regras, inclusive de uniforme. No trabalho, mostrei uma atitude séria e fui completamente modesta. Não havia razão para me demitir. Foi um choque, vivi o preconceito em primeira mão”, contou ela, que pratica o poliamor.
Sem emprego, ela recorreu ao site de conteúdo adulto OnlyFans e agora se orgulha de ganhar 30 vezes mais do que seu antigo trabalho. Ela também atua como DJ.
Sparky Clarky, a vendedora de carros
Sparky Clarky, como é conhecida atualmente, trabalhava vendendo carros e, ao mesmo tempo, vendia fotos pelo OnlyFans. Ela foi acusada de “atrapalhar” outros vendedores porque as imagens, explícitas e teoricamente secretas, estavam sendo compartilhadas pela equipe.
“Meu chefe conversou com uma pessoa que teve um problema comigo na concessionária. Ele disse que eu era uma distração e que nenhum de seus funcionários fez nada enquanto eu estava lá”, afirmou ao Daily Star. Ela conta que sentiu uma “discriminação sexual clássica beirando o assédio”.
“A certa altura, eles trouxeram uma foto que lhes foi enviada e me fizeram parar no meu aniversário, a caminho de um cliente, para me mostrar uma foto minha de topless”, revelou.
Extra/Globo