A Casa Branca tem planos de divulgar um memorando defendendo a decisão do presidente Joe Biden de ordenar a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão. A informação é do jornal digital Axios, que obteve uma cópia do documento.
“Trazer nossas tropas para casa fortaleceu nossa segurança nacional ao nos posicionar melhor para enfrentar os desafios do futuro e colocar os Estados Unidos em uma posição mais forte para liderar o mundo”, diz o texto.
O documento cita a morte do líder do grupo fundamentalista islâmico Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, como prova de que “os EUA não precisam de uma presença permanente de tropas no terreno em perigo para permanecer vigilantes contra ameaças terroristas”.
Zawahiri chefiava a organização desde a morte de Osama bin Laden, em maio de 2011. Foi um dos principais arquitetos dos atentados de 11 de Setembro de 2001. Nasceu em Gizé, no Egito, e tinha recém-completado 71 anos.
De acordo com Biden, a missão foi “cuidadosamente planejada” e teve sua autorização pessoal para prosseguir há uma semana depois de ser informado que as condições para o ataque eram “ótimas”.
O memorando também critica os acordos feitos pelo ex-presidente Donald Trump, afirmando que estes “deram poder ao Talibã” e enfraqueceram as parcerias dos EUA no governo afegão.
A declaração foi redigida pela porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, e visa rebater as críticas dos republicanos. O Partido Republicano divulgou um relatório provisório em que afirma que o governo de Biden cometeu diversas falhas durante a retirada das tropas, dentre elas a evacuação de civis em Cabul. Em resposta, Watson declarou ao Axios que tal documento estava cheio de alegações falsas e imprecisas.