Ganhar uma medalha de ouro é um grande negócio. Como resultado, os atletas querem poder celebrar e aproveitar o seu momento no topo do seu esporte.
No entanto, para o patinador sul-coreano Jung Cheol-won, a decisão de comemorar uma fração de segundo mais cedo custou a ele e aos seus companheiros um lugar no topo do pódio – e uma isenção do serviço militar obrigatório.
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Jung fez parte da equipe sul-coreana de três homens que participou da final do revezamento masculino de patinação de velocidade de 3.000 metros nos Jogos Asiáticos de Huangzhou, na China, na segunda-feira (2).
O jovem de 27 anos, que patinava na etapa final da corrida, aproximou-se da linha de chegada logo à frente do taiwanês Huang Yu-Lin.
Pensando que tinha a medalha de ouro selada, Jung optou por levantar as mãos e não alcançar a linha de chegada.
Sem que ele soubesse, Huang esticou uma longa perna esquerda para a frente e conseguiu tirar Jung do primeiro lugar.
Como resultado, Taiwan terminou com o tempo de 4:05.692 para a medalha de ouro, com a Coreia do Sul cruzando a linha em segundo lugar com o tempo de 4m05s702, o que significa que Taiwan conquistou o ouro por 0,01 segundo. A Índia terminou em terceiro com o tempo de 4:10.128.
“Achei uma pena estar um pouco aquém, e então os resultados apareceram na tela mostrando que havíamos vencido por um centésimo de segundo, e foi um milagre”, disse Huang após o corrida, de acordo com a Reuters.
Após a corrida, Jung pediu desculpas pela forma como terminou sua última volta.
“Cometi um grande erro”, disse Jung, para a Reuters. “Não cheguei a toda velocidade até a linha de chegada. Baixei a guarda muito cedo. Sinto muito.”
O resultado foi ainda pior para Jung e um de seus companheiros, Choi In-ho, pois ao não conquistar a medalha de ouro, a dupla perdeu a isenção do serviço militar sul-coreano.
O serviço militar é obrigatório para os homens na Coreia do Sul, sendo que quase todas as pessoas fisicamente aptas são obrigadas a servir no Exército durante 18 meses até aos 28 anos de idade.
O dever obrigatório pode ser dispensado para alguns atletas, em particular, aqueles que vencem uma medalha olímpica ou medalha de ouro nos Jogos Asiáticos.
No entanto, a lei sul-coreana permite que homens considerados excelentes nos esportes, cultura popular, arte ou ensino superior adiem seu serviço até os 30 anos de idade. A estipulação significa que Choi tem outra oportunidade de obter uma isenção nos Jogos Asiáticos de 2026 em Aichi e Nagoya, no Japão.
CNN Brasil