O governo Lula justificou, nesta quarta-feira, 4, o empréstimo de US$ 1 bilhão (pouco mais de R$ 5 bilhões) concedido à Argentina, no fim de agosto.
Conforme o jornal O Estado de S. Paulo, o presidente Lula ligou para a ministra do Planejamento, Simone Tebet, para liberar a quantia. Simone ocupa um cargo-chave no Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF). Por conta própria, os hermanos não conseguiriam mais recursos, visto que se esgotou a linha de crédito do país na instituição. Dessa forma, a intermediação de Simone foi crucial.
De acordo com o Estadão, o objetivo de Lula era barrar o avanço do deputado Javier Milei, candidato de direita que lidera as pesquisas para presidente da República.
“Diferentemente do que vem sendo repercutido, o empréstimo não teve intervenção do presidente Lula”, informou o governo. “A Argentina é um país cuja saúde econômica é imprescindível para o Brasil. A corrente de comércio entre os dois países somou US$ 20,5 bilhões nos primeiros oito meses do ano, com saldo superavitário para o Brasil de US$ 4,4 bilhões, com forte presença de manufaturados.”
O empréstimo-ponte do CAF não é ilegal e passou pelo crivo de 21 países-membros do banco. O incômodo do governo veio com a revelação da interferência de Lula para destravar a operação.
Milei criticou Lula. Em postagem publicada no Twitter/X, o deputado disse que “comunistas furiosos” estavam agindo contra ele em seu espaço. Era uma referência a Lula.
Revista Oeste