O mau humor desencadeado com dados fortes do mercado de trabalho americano sustentaram mais uma vez o avanço dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos – já que a perspectiva de economia mais aquecida deve manter os juros altos. Terminadas as negociações, o dólar fechou a sessão em alta de 1,71%, a R$ 5,1530, no maior patamar da moeda desde o dia 28 de março (R$ 5,1643). Na sessão de hoje, a mínima do dólar foi de R$ 5,0710 e a máxima, de R$ 5,1601.
Diante disso, o real teve o pior desempenho das 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor.As moedas da América Latina foram as mais penalizadas, com o real e o peso mexicano alternando entre os dois piores desempenhos do dia.
Pela manhã o Departamento do Trabalho dos EUA divulgou os números de vagas em aberto no fim de agosto. O número de vagas subiu para 9,6 milhões, depois de recuar em junho e julho, ficando em um patamar bem acima do esperado pelo mercado. Com o mercado de trabalho bastante apertado, os rendimentos dos títulos americanos se mantiveram nas máximas da sessão, com o rendimento do título público de 10 anos (T-note) a 4,738%.
O dólar também fechou em alta ontem (2), quebrando a barreira dos R$ 5,05. Com a perspectiva de que os juros nos EUA fiquem mais altos por mais tempo, muitos investidores têm migrado de ativos e países mais arriscados para a segurança dos títulos de dívida do governo americano.