Com Paulo Pimenta à frente da Secom, o governo Lula ainda patina no uso das redes sociais. Até mesmo aliados do petista admitem que o Palácio do Planalto precisa de um Carlos Bolsonaro para chamar de seu, diz Crusoé.
“Não se pensa, felizmente, em replicar os posts de extremo mau gosto de Carluxo, como o do golden shower — que deixou de cabelo em pé até mesmo o general Santos Cruz, então ministro-chefe da Secretaria de Governo, e foi apontado como o primeiro ponto de fricção entre militares e Jair Bolsonaro. A questão é que falta hoje ao governo federal um especialista em redes sociais que consiga pautar o debate público, em vez de apenas ensejar aos cidadãos oportunidades de ridicularização ou constrangimento.”
“A deficiência petista nas redes sociais já tinha sido apontada durante a campanha do ano passado. Historicamente, os integrantes do Partido dos Trabalhadores dominaram a militância de rua e o corpo a corpo eleitoral. Também souberam povoar a internet de blogs amigos, financiados com dinheiro público, no primeiro governo de Lula. Mas a fórmula do sucesso nas redes sociais ainda lhes escapa. No ano passado, o QG de Lula bateu cabeça para escolher quem comandaria essa frente de batalha na campanha petista. Falou-se em entregar o trabalho ao influenciador Felipe Neto. No fim, quem assumiu a dianteira foi o deputado federal André Janones (Avante-MG).”
Crusoé