Vamos mergulhar em um tópico sério, mas superimportante: relacionamentos, amor e, sim, a temida palavra com “c” – ciúme.
Imagine o seguinte: você está em um relacionamento amoroso, familiar ou superamigável, e é tudo feliz e gostoso. Mas, adivinhe? Às vezes, essas vibrações aconchegantes podem se transformar em uma montanha-russa de emoções. As inseguranças começam a surgir, assim como problemas de confiança e, então, você tem uma receita perfeita para possíveis desentendimentos.
Conversamos com a psicóloga Jéssica Helena Vaz Malaquias, professora doutora do curso de psicologia da Universidade Cidade de São Paulo, que explica por que o sentimento aparece e dá dicas de como contorná-lo.
O ciúme é basicamente o medo de que seu parceiro fique emocionalmente envolvido com outra pessoa que pareça mais cativante, interessante ou atraente. Além disso, é como se você estivesse pensando: “Ei, estou muito mais interessado nesse relacionamento do que ele.”
O ciúmes geralmente aparece quando há “uma ameaça”, seja ela real ou imaginária, de que outra pessoa possa abalar a dinâmica do seu relacionamento. É como um coquetel de medo, insegurança e solidão, tudo misturado em um só. E, de acordo com a Jéssica, parte disso se deve à nossa cultura que meio que nos faz pensar que amor é igual a posse. Você sabe, toda aquela ideia de “eu te amo e você é meu”.
Ciúmes só traz problemas…
Mas o negócio é o seguinte, pessoal: se você começar a tratar seu parceiro como se ele fosse algum tipo de objeto sob seu controle, você terá uma receita para um grande drama no relacionamento. Para evitar transformar o ciúmes em um destruidor de relacionamentos, você precisa entender suas próprias inseguranças e sua visão do que significa estar em um relacionamento.
Agora, vamos falar sobre espaço pessoal e liberdade. Jéssica tem um ótimo argumento aqui. Vivemos em um mundo onde as redes sociais praticamente expõem nossas vidas 24 horas por dia, 7 dias por semana. É como se todos nós tivéssemos nos tornado nossas próprias estrelas de reality shows, certo? Mas a questão é que isso pode nos fazer sentir como se tivéssemos perdido nossa autonomia.
Mas adivinhe? É principalmente porque nos colocamos voluntariamente no centro das atenções. Já ouviu falar de casais descobrindo segredos nas redes sociais? Sim, isso acontece mais do que você imagina. Então, lembre-se, temos o poder de controlar o quanto compartilhamos e o quanto invadimos a privacidade de outra pessoa.
A seguir, vamos conversar sobre relacionamentos anteriores. Todos nós carregamos pedaços do nosso passado conosco, e está tudo bem. O que importa é como lidamos com essas experiências. Você está preso a um amor passado ou ainda guarda rancor? Jéssica diz que precisamos processar nossos relacionamentos passados e entender que eles nos moldaram. É tudo uma questão de abraçar a nossa autonomia e perceber que estamos no controle das nossas escolhas.
Então, como podemos enfrentar o ciúmes e construir confiança? Primeiro, descubra que tipo de relacionamento você realmente deseja. Pense em como você deseja amar e ser amado. E sejamos claros sobre modelos de relacionamento saudáveis que fazem ambos os parceiros crescerem. Se você acha que a outra pessoa existe apenas para te fazer feliz, talvez seja hora de repensar sua abordagem.
Por fim, aqui vai uma dica de ouro: seu parceiro é um ser humano autônomo, assim como você! Eles não são algum objeto que você possa possuir. Lembre-se disso e isso tornará seu relacionamento muito mais saudável.
Toda Teen