O deputado Abilio Brunini (PL-MT) disse nesta 3ª feira (26.set.2023) que o presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), é um “tigrão” com ele, enquanto é uma “tchutchuca” com o ministro da Justiça, Flávio Dino.
A declaração foi em referência à decisão de Maia de expulsá-lo da sessão depois que interrompeu a deputada Duda Salabert (PDT-MG) mais de uma vez durante a realização da CPI.
A jornalistas, Brunini rebateu a fala de Maia de que “tem gente que vem para a CPI apenas para fazer o papel do palhaço”, e disse que quem fez Maia de “palhaço” foi Dino por não ter entregado à comissão as imagens do 8 de Janeiro.
“Comigo, o Arthur Maia é tigrão. Com o Flávio Dino, ele é tchutchuca”, declarou.
Segundo Brunini, é “fácil” para o presidente Maia se colocar como “fortão” para um deputado da oposição.
IMAGENS DO 8 DE JANEIRO
Em ofício lido por Maia durante a sessão da CPI realizada em 31 de agosto, Dino afirmou que só as imagens que foram consideradas importantes pela PF (Polícia Federal) foram preservadas. As demais, que não serviriam para o inquérito policial sobre os atos extremistas, foram excluídas, seguindo procedimento comum.
Assim, segundo o Ministério da Justiça, outras imagens do 8 de Janeiro, que para a PF não teriam uso na investigação sobre os atos, não foram preservadas.
Em 1º de agosto, a CPI deu 48 horas para o ministro da Justiça enviar as gravações internas e externas do prédio do ministério no 8 de Janeiro. Dino foi então ao STF (Supremo Tribunal Federal) e pediu autorização para liberar as imagens ao colegiado. Seis dias depois, em 7 de agosto, o ministro Alexandre de Moraes autorizou o compartilhamento de imagens internas e externas do Ministério da Justiça.
Poder 360