A senadora Ana Lobato (PSB-MA), que assumiu a cadeira de Flávio Dino depois de ele ir para o Ministério da Justiça, gastou pouco mais de R$ 20 mil com pesquisa para “instrumentalizar o mandato na tomada de decisão das atividades parlamentares”.
De acordo com comprovantes de pagamento, a empresa que recebe o dinheiro se chama Instituto Opinião, com sede em Curitiba. Os levantamentos ocorreram no Maranhão, entre 19 e 23 de julho.
Os documentos falam em quatro parcelas. Portanto, o contrato para realizar as pesquisas custou R$ 45 mil (R$ 11,2 mil, cada).
Oeste entrou em contato com o gabinete da senadora para entender o que são essas pesquisas, como é o questionário e o público-alvo, mas, até o fechamento desta edição, não obteve retorno.
Gastos da escudeira de Flávio Dino na CPMI
Na semana passada, Oeste informou que a relatora da CPMI do 8 de Janeiro, Eliziane Gama (PSD-AM), usa verba do Senadopara bancar a publicação de “notícias positivas” sobre ela no site do jornalista Diego Emir, no Maranhão. Os valores são desembolsados com a rubrica “Divulgação da atividade parlamentar”, uma das modalidades da verba de gabinete.
Oeste apurou que o primeiro pagamento a Emir ocorreu em abril de 2020. Eliziane assumiu o mandato de senadora no ano anterior — ele recebeu por meio da empresa Farol Comunicação e Marketing Eireli. Parte das publicações é feita no site que leva o nome do jornalista (www.diegoemir.com). Desde o primeiro depósito até este mês, Eliziane pagou R$ 36 mil a Emir, cujo site tem vários textos sobre a parlamentar — nenhum em tom crítico. O conteúdo aparece em destaque na página.