Um módulo inflável que um dia poderá substituir a ISS (Estação Espacial Internacional) explodiu nesta semana. Mas calma, a explosão foi proposital: segundo a empresa Sierra Space, os “testes explosivos” são essenciais para testar os limites e resistência de cada módulo.
A ideia é testar o módulo em escala antes que o projeto voe para o espaço. Esta é a quinta explosão realizada pela Sierra Space deste mesmo tipo de módulo.
A expectativa é que, se o protótipo passar em todos os testes, ele faça parte da futura estação espacial Orbital Reef — um empreendimento liderado pela Blue Origin, de Jeff Bezos, fundador da Amazon. A empresa define a nova infraestrutura como um “parque empresarial de uso misto no espaço”.
Fim da ISS
O presidente norte-americano Joe Biden formalizou o interesse dos Estados Unidos em participar do programa da ISS até, pelo menos, setembro de 2030. Ou seja, os EUA tem planos de utilizar o laboratório orbital só por mais sete anos.
Um sucessor para a ISS ainda não foi determinado, porém vários empreendimentos estão em fase de planejamento. Até o momento, a maioria são esforços conjuntos entre agências espaciais e empresas comerciais, como a Starlab, uma joint venture entre a NASA e a ESA, e as empresas aeroespaciais Voyager Space e Airbus.
Além disso, o fim da ISS marca um novo momento do cenário político espacial. Desde 1975, quando a nave americana Apollo 18 e a soviética Soyuz 19 se encontraram no espaço, o momento foi considerado como um grande marco de que a exploração espacial deveria ser um esforço colaborativo entre vários países – algo que culminou na construção da ISS.
A nova era espacial que se inicia agora refletirá o cenário de um planeta dividido: de um lado países ocidentais – principalmente EUA e Europa –, e do outro uma provável parceria entre Rússia e China. No meio, estará uma profusão de empresas privadas, disputando por negócios e recursos no espaço.
Gizmodo