A arrecadação da União com impostos e outras receitas teve um novo declínio em agosto, marcando o terceiro mês seguido de queda. Segundo dados divulgados pela Receita Federal nesta quinta-feira (21), o valor arrecadado foi de R$ 172,78 bilhões.
Esse resultado representa uma diminuição real de 4,14%, descontando a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em comparação com agosto do ano passado.
No acumulado do ano, de janeiro a agosto, a arrecadação totalizou R$ 1,52 bilhão, o que indica um recuo real de 0,83% em relação ao mesmo período do ano anterior. Vale ressaltar que esse valor é o maior registrado desde 1995.
No que diz respeito às receitas administradas pelo órgão, o valor arrecadado no último mês foi de R$ 167,04 bilhões, apresentando uma queda real de 3,33%. Já no acumulado de janeiro a agosto, a arrecadação alcançou R$ 1,44 trilhão, registrando um aumento real de 0,69%.
Esses resultados foram influenciados por mudanças na legislação tributária e por pagamentos atípicos tanto em 2022 quanto em 2023, principalmente relacionados ao Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e à Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), que incidem sobre os lucros das empresas. De acordo com a Receita Federal, esses indicadores são importantes para medir a atividade econômica, especialmente no setor produtivo.
Além disso, as desonerações concedidas no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e no Programa de Integração Social/Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) também tiveram impacto nos resultados.
Com informações da Agência Brasil
