A rede de livrarias Saraiva demitiu todos os funcionários, na quarta-feira 20. A demissão em massa afetou cerca de 150 colaboradores, que estavam distribuídos na sede da empresa e nas cinco lojas físicas.
O site PublishNews, responsável pelo anúncio, informa que as lojas restantes da Saraiva – quatro em São Paulo e uma em Mato Grosso do Sul – devem fechar nesta quinta-feira, 21.
Diferentemente das lojas físicas, o site saraiva.com deverá seguir no ar.
Crise administrativa da Saraiva
No primeiro trimestre de 2023, a Saraiva registrou prejuízo líquido ajustado de quase R$ 18 milhões. Apesar da perda, o rombo é cerca de 17% menor do que o porcentual do mesmo período do ano passado.
O último balanço financeiro da empresa, referente ao segundo trimestre deste ano, registrou uma receita líquida de lojas físicas de R$ 7,2 milhões, uma queda de 60% em relação ao mesmo período de 2022.
No início desta semana, dois conselheiros da rede renunciaram às posições. Eles alegaram a existência de uma falsa ata do conselho de administração assinada pelo presidente.
“A companhia se encontra em recuperação judicial e com situação complexa frente ao cenário econômico do varejo brasileiro”, afirmou a empresa, em comunicado.
A Saraiva está em recuperação judicial desde novembro de 2018, quando revelou uma dívida por volta de R$ 675 milhões.
A pandemia da covid-19 agravou a situação da companhia, principalmente com as medidas de isolamento social adotadas e centros comerciais fechados.
“Como já apresentado em fatos relevantes a atividade da companhia reduziu-se expressivamente”, informou a direção da Saraiva. “Infelizmente, alguns pagamentos, inclusive o de conselheiros, estão atrasados, o que, provavelmente irá gerar outras renúncias de conselheiros eleitos.”
Revista Oeste