Sofrendo com dores por conta de uma artrose na cabeça do fêmur, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desistiu de participar de eventos importantes para a diplomacia brasileira na Assembleia Geral da ONU, em Nova York (EUA), e cancelou sua participação até mesmo na live semanal que costuma fazer nos canais do governo, a chamada “Conversa com o Presidente”.
A expectativa de que a live fosse acontecer diretamente de Nova York surgiu porque o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, chegou a publicar em suas redes sociais que Lula iria participar do programa para comentar sua “volta à Assembleia Geral da ONU” e também sobre “o trabalho que vem fazendo para reposicionar o Brasil como liderança global”. Algum tempo após a publicação, entretanto, o ministro apagou o post.
Além disso, Lula cogitava participar, até a semana passada, da chamada Cúpula sobre Ambição Climática, que começou no início da manhã dessa quarta-feira como parte da programação da Assembleia da ONU. O evento teve início por volta das 11h, mas o presidente enviou como sua representante a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Agendas com Zelensky e Biden
A expectativa de que Lula participasse foi admitida, inclusive, pela subsecretária Geral para Comunicações Globais da ONU, Melissa Fleming, que está mediando a cúpula na assembleia. Ela chegou a dizer ao público presente que o presidente brasileiro não pode ir ao evento por estar doente, informação que foi desmentida pela Secom.
O presidente brasileiro decidiu antecipar sua volta ao Brasil. O retorno dele estava previsto, inicialmente, para quinta-feira (21), mas o governo anunciou na terça (19) que Lula irá embarcar para Brasília na noite dessa quarta, após se reunir com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e com o americano, Joe Biden.
Dores no quadril
Nos bastidores, o petista tem reclamado sucessivamente de incômodos no quadril que estão atrapalhando suas atividades. Sobre isso, ele deve operar na semana que vem, dia 29 de setembro.
O procedimento médico foi confirmado pelo próprio Lula há algumas semanas. Ele disse que o problema é antigo, mas se queixou de piora da dor nos últimos tempos. De acordo com a Agência Brasil, a cirurgia a que Lula será submetido, chamada artroplastia do quadril, substitui a articulação do quadril “doente” por uma articulação artificial, conhecida como prótese. Na prática, articulação desgastada é substituída por componentes metálicos e plásticos, compondo um novo quadril.
Por conta disso, após a cirurgia, o paciente pode precisar utilizar muletas ou um andador, além de realizar exercícios específicos de fisioterapia, a serem repetidos de hora em hora para que os movimentos do quadril sejam reformados.
Valor Econômico