Em 2019, após uma noite de bebedeira com os amigos, a estudante irlandesa Amber Orr acordou com uma ressaca muito forte. Porém, ao contrário do processo normal, os sintomas não desapareceram e o incômodo era tão intenso que ela foi levada ao hospital. Lá, a jovem descobriu que o quadro era causado, na verdade, por um câncer.
Amber tinha 19 anos quando recebeu o diagnóstico. “Quando acordei me sentindo mal, culpei a bebida. Mas, com o passar do dia, percebi que não era uma ressaca comum. Eu continuava sentindo uma dor insuportável na lateral do corpo e estava vomitando”, conta a estudante em entrevista ao Daily Mail.
No segundo dia de ressaca, a mãe de Amber a levou ao hospital. A primeira suspeita dos médicos foi uma infecção no trato urinário, que pode causar dor na parte inferior da barriga.
Após 48 horas de internação, os profissionais descobriram que o apêndice de Amber havia se rompido, e ela precisou passar por uma cirurgia de emergência para a sua remoção.
Dois dias após a operação, Amber foi liberada do hospital. Porém, duas semanas depois, ela recebeu uma ligação do hospital pedindo que voltasse para fazer mais alguns exames.
Os médicos explicaram a ela que, durante a cirurgia, localizaram um tumor neuroendócrino canceroso no apêndice. Os testes mostraram que o câncer já tinha se espalhado para o intestino.
O tumor é raro e se origina nas células do sistema neuroendócrino – as unidades são nervosas, mas também produzem hormônios. Quando elas deixam de funcionar corretamente, podem se espalhar e acometer qualquer órgão, incluindo o trato gastrointestinal, pâncreas, a tireoide e os pulmões.
Amber precisou fazer outra cirurgia para remover o tumor e parte do intestino, além de passar por quimioterapia para eliminar as células cancerosas sobreviventes.
Atualmente, Amber tem 24 anos e está na graduação de serviço social na Irlanda
Câncer e saúde mental
Atualmente, ela encontra-se em remissão e lida com impactos significativos em sua saúde mental, incluindo ansiedade e depressão relacionadas ao tratamento e ao medo de ficar doente novamente. “Não consigo contar quantas horas passei chorando por causa de como o câncer me fez sentir”, desabafa Amber.
A jovem usa sua experiência para aumentar a conscientização sobre os efeitos a longo prazo do câncer e a importância da detecção precoce. Ela conta que sua jornada a motivou a fazer a diferença na vida de outras pessoas que lutam contra a doença.
Metrópoles