O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), diz em entrevista à Folha que o governo precisa ter “cuidado” com excessos que têm aflorado em investigações da Polícia Federal. Para ele, “tem policiais indo além” do que deveriam.
O deputado ainda critica o instrumento de delações premiadas de presos, como ocorreu com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). “Emitir juízo de valor sobre a questão de mérito, não vou fazer, não conheço o conteúdo da delação. Agora ponto pacífico é que delação de réu preso é impossível.”
O presidente da Câmara também afirma que, após o governo ceder dois ministérios e estatais ao PP e Republicanos, o seu partido faz parte da base de apoio ao petista na Casa. Segundo o deputado, Lula terá cerca de 350 votos na Câmara, o suficiente para aprovação de PECs (propostas de emenda à Constituição).
Lira admite que a Caixa estará sob seu comando e que o banco terá indicações políticas, que passarão pelo seu crivo.
Folha de SP