O câncer de boca abrange tumores malignos que acometem a boca e parte da garganta. Portanto, a doença pode se desenvolver nos lábios, língua, céu da boca, gengiva, amígdala e glândulas salivares. Quanto detectado na fase inicial, o tratamento é mais efetivo, aumentando as chances de cura.
“Detectar o câncer de boca em estágios iniciais é fundamental. Isso pode tornar o tratamento menos invasivo e melhorar significativamente as perspectivas de recuperação. Por isso, destaco a importância do autoexame oral regular. Qualquer sinal de alerta, como feridas que não cicatrizam ou manchas anormais, deve ser avaliado por um profissional de saúde experiente”, alerta a Dra. Debora Vianna, especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço com doutorado em câncer de boca pela USP.
Fatores de risco
Segundo o Ministério da Saúde, os principais fatores de risco para a doença incluem:
- Consumo de bebidas alcoólicas.
- Exposição ao sol sem proteção;
- Excesso de gordura corporal (sobrepeso e obesidade);
- Exposição a óleo de corte, amianto, poeira de madeira, poeira de couro, poeira de cimento, de cereais, têxtil e couro, amianto, formaldeído, sílica, fuligem de carvão, solventes orgânicos e agrotóxico;
- Infecção pelo vírus HPV.
Conforme a médica, é possível prevenir o surgimento da doença ao evitar os fatores de risco e adotar outras medidas de cuidado com a saúde. “Além de evitar o tabaco e o álcool em excesso, manter uma dieta rica em frutas e vegetais pode ser benéfico. Isso fornece antioxidantes que podem ajudar na prevenção do câncer. Além disso, consultas regulares ao dentista são importantes, pois eles também podem detectar sinais precoces de câncer de boca”, afirma.
Sinais de alerta
Ainda segundo o Ministério da Saúde, os sintomas do câncer de boca incluem:
- Lesões (feridas) na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias, que podem apresentar sangramentos e estejam crescendo;
- Manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca ou bochechas;
- Nódulos (caroços) no pescoço;
- Rouquidão persistente.
Nos casos mais avançados, o paciente apresenta:
- Dificuldade de mastigação e de engolir;
- Dificuldade na fala;
- Sensação de que há algo preso na garganta;
- Dificuldade para movimentar a língua.
Conscientização sobre o câncer de bocas pode salvar vidas
Debora destaca a importância de divulgar informações sobre a doença, a fim de alertar a população. “A conscientização é fundamental. Promover campanhas educacionais, destacando a importância do autoexame, da consulta regular ao dentista e dos fatores de risco, pode fazer uma grande diferença. Todos nós podemos desempenhar um papel na disseminação dessas informações vitais. Lembre-se, o câncer de boca em estágios avançados tem um prognóstico pior”, adverte.
Ela lembra ainda que a saúde oral é parte integrante da nossa saúde geral. Por isso, o cuidado é tão importante. “Realize o autoexame oral, mantenha um estilo de vida saudável e busque ajuda profissional sempre que tiver alguma preocupação. O câncer de boca é tratável, especialmente quando detectado precocemente”, reforça a especialista.
Fonte: Terra.