A pequena ilha italiana de Lampedusa, uma das principais paradas iniciais na rota migratória do Mediterrâneo, está enfrentando uma crise migratória sem precedentes.
Nos últimos dois dias, aproximadamente 7 mil pessoas desembarcaram na ilha, o que levou autoridades locais e internacionais a alertarem sobre a sobrecarga.
O prefeito da ilha, Filippo Mannino, expressou sua preocupação com a situação e afirmou que a crise migratória atingiu um ponto sem retorno. Em entrevista à rádio italiana RTL 102.5, ele destacou a magnitude do problema: “Nas últimas 48 horas, cerca de 7.000 pessoas chegaram à minha ilha, uma ilha que sempre acolheu e salvou nos seus braços. Agora chegamos a um ponto sem retorno, onde o papel desempenhado por esta pequena rocha no meio do Mediterrâneo foi colocado em crise pela natureza dramática deste fenômeno.”
O Ministério do Interior da Itália confirma os dados.
Chiara Cardoletti, representante da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) para a Itália, também se pronunciou sobre a situação. Ela afirmou que a situação em Lampedusa é crítica e que a retirada das pessoas da ilha é uma prioridade absoluta.
Aproximadamente 5 mil pessoas já foram transferidas para fora da ilha pelas autoridades nas últimas 28 horas, segundo Cardoletti.
Créditos: O Antagonista.