O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) tornou réu Yuri de Moura Alexandre, acusado de agredir o ator Victor Meyniel em 2 de setembro, em Copacabana, no Rio de Janeiro.
A denúncia do Ministério Público, aceita pelo TJ, envolve a prática de três crimes: lesão corporal, injúria e falsa identidade.
Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), além de espancar o ator, Yuri o ofendeu com expressões homofóbicas, e afirmou a policiais militares que era da Força Aérea Brasileira (FAB), apesar de não fazer parte dos quadros da instituição.
Em nota, a defesa do ator afirmou esperar que “as audiências sejam agendadas com brevidade, para que após a oitiva das testemunhas o juiz possa proferir uma sentença condenatória exemplar”.
A defesa de Yuri afirmou que a já era esperado que a denúncia seria aceita, mas que, na audiência, “finalmente Yuri de Moura poderá ter seu direito constitucional de falar e se defender das acusações que – sem nenhuma dúvida – será provada a inexistência de injúria por preconceito (homofobia) e de atribuição de falsa identidade, bem como será ratificado que apesar das imagens a lesão foi leve”.
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Relembre o caso
O ator Victor Meyniel foi espancado na portaria de um prédio em Copacabana, em 2 de setembro.
A denúncia explica que o Yuri de Moura Alexandre encontrou Victor na rua e o convidou para ir até sua casa. Ao chegar no local, os dois começaram a beber e se relacionar de forma íntima. Entretanto, após a chegada de outro morador do imóvel, Yuri alterou seu comportamento e começou a gritar com o ator e agir agressivamente, o empurrando com violência, para expulsar do apartamento.
Na portaria do prédio, Victor encontrou Yuri, que continuou sendo agressivo.
Quando o ator reclamou de seu comportamento, o denunciado começou a proferir xingamentos e começou com as agressões. Foram dados socos no rosto e na boca de Victor.
Após o ator acionar a Polícia Militar, os agentes encontraram Yuri em seu apartamento. Na oportunidade, ele apresentou um crachá do Hospital Central da Aeronáutica e se identificou como militar, a fim de conseguir vantagem no tratamento.
A polícia informou que o agressor foi preso e autuado em flagrante pelos crimes de lesão corporal, injúria por preconceito e falsidade ideológica.
A Promotoria de Justiça junto à 27ª Vara Criminal da Capital denunciou Yuri de Moura Alexandre em 12 de setembro.