Forças da Ucrânia teriam supostamente capturado o primeiro soldado cubano recrutado pela Rússia para lutar em território ucraniano. A informação foi divulgada pelo perfil no Twitter do Batallón Bolívar, grupo formado por mercenários sul-americanos, em sua maioria venezuelanos, que lutam contra o Exército russo.
¡Oye chico, qué cosa más grande caballero!
Así se llevan al primer cubano capturado en Ucrania de prisionero de guerra junto a un militar invasor ruso. Sus derechos serán respetados pero cabe preguntar ¿Por que, como y pa’ que vino desde Cuba a Rusia a invadir un país soberano? pic.twitter.com/47zkUGhfgl— Batallón Bolívar (@EsResistencia) September 14, 2023
É a primeira vez que um cubano é preso na guerra entre os dois países, e o destino do prisioneiro de guerra é incerto. Segundo o Batallón Bolívar, que postou imagens do suposto prisioneiro de guerra, os “direitos [do soldado cubano] serão respeitados”. O mais provável é que ele seja julgado e condenado à morte pela participação no confronto ao lado dos russos.
No começo deste mês, o governo de Cuba desvendou uma rede de tráfico de pessoas que forçou cidadãos cubanos a lutar pela Rússia na guerra na Ucrânia. Segundo o Ministério das Relações Exteriores do país da América Central, as autoridades estavam trabalhando para “neutralizar e desmantelar” o esquema.
A declaração do Ministério das Relações Exteriores de Cuba deu poucos detalhes da situação, mas observou que a rede de tráfico estava operando tanto dentro do país caribenho, a milhares de quilômetros de Moscou, quanto na Rússia.
Sem oposição
Nesta quinta-feira, o embaixador de Cuba emMoscou, Julio Antonio Garmendia Peña, disse que o país caribenho não se opõe à participação legalizada de seus cidadãos na guerra na Ucrânia pelo lado da Rússia.
“Não temos nada contra os cubanos que simplesmente querem assinar um contrato e participar legalmente com o Exército russo nessa operação”, disse ele à agência oficial de notícias russa “RIA Novosti”.
O embaixador acrescentou que Havana só se opõe a atividades ilegais, como as praticadas por uma rede criminosa recentemente desmantelada no país.
“Somos contra a ilegalidade dessas operações (de redes criminosas de cooptação de combatentes). Estamos falando de pessoas más que, com base em uma questão tão importante como as relações entre nossos países, querem ganhar dinheiro, querem embolsar dinheiro”, disse.
Cuba apoiou a campanha militar da Rússia na Ucrânia desde o início, mas tradicionalmente condena as atividades de mercenários estrangeiros.
Nos últimos meses, as autoridades russas atraíram vários estrangeiros para assinarem contratos profissionais com o exército russo em troca da promessa de cidadania em um prazo de um ano, após seis meses de serviço.
R7