O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados decidiu, na terça-feira, 12, arquivar processos contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O processo foi apresentado pelo PT, depois que o parlamentar se desentendeu com o deputado Marcon (PT-RS).
Por 12 votos favoráveis e um contrário ao parecer do deputado Josenildo (PDT-AP), o arquivamento da representação foi aprovado.
“Eduardo agiu sob o calor da emoção, pois teve um membro de sua família ofendido por Marcon”, afirmou Josenildo. “Qualquer um de nós pode perder o equilíbrio e ofender alguém, embora nós, parlamentares, devamos ter o respeito pelos nossos eleitores, mantendo sempre o equilíbrio. Concluo meu voto pelo arquivamento do processo.”
Entenda o caso
Em 19 abril, durante encontro da Comissão de Trabalho, Marcon questionou a facada contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2018. Ele afirmou que a facada foi forjada. Eduardo Bolsonaro se exaltou e ameaçou o parlamentar: “Te enfio a mão na cara e perco meu mandato”.
O relatório havia sido lido em 5 de setembro, mas houve um pedido de prorrogação pelo deputado Chico Alencar (Psol-RJ. Este último alegou que Eduardo deveria estar presencialmente no colegiado para falar sobre o ocorrido. Ele considerou a reação do parlamentar “muito violenta”.
O deputado Cabo Gilberto (PL-PB) explicou que Eduardo teve um problema no voo de São Paulo para Brasília e que, por isso, não compareceu à sessão.