Apesar de ter ficado de fora das negociações para a delação premiada do tenente-coronel Cid, a PGR instaurou procedimento administrativo para acompanhar os depoimentos e ter acesso aos autos do processo.
Como mostramos mais cedo, integrantes da PGR foram contra a negociação da delação feita pela Polícia Federal. Em 2018, o plenário do STF considerou constitucional a possibilidade de delegados de polícia realizarem acordos de colaboração premiada na fase do inquérito policial. A decisão do STF esvaziou as prerrogativas no MPF em determinados casos.
O subprocurador da República Humberto Jacques de Medeiros afirmou no procedimento que cabe ao MP acompanhar a delação e se certificar de que haverá avanço nas investigações ou a corroboração dos fatos apontados pelo delator.
Como mostramos mais cedo, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, aceitou a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Nos termos, Cid promete ajudar nas investigações sobre os atos golpistas, fraudes no cartão de vacina e desvios de joias destinadas à Presidência da República.
Fonte: O Antagonista.