No primeiro desfile do 7 de Setembro do terceiro governo Lula (PT), o presidente interagiu com a plateia, que “fez o L”, e ficou sentado ao lado de ministros de governo. No entanto, parte deles faltaram à celebração por compromissos pessoais.
Como foram os bastidores do desfile?
Feriadão. Os ministros Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Lupi (Previdência), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) não compareceram ao evento. Dino alegou “compromissos pessoais” no Maranhão, sua terra natal, e Haddad curte férias em São Paulo. Mauro Vieira está em viagem oficial. Já Goés está no Rio Grande do Sul trabalhando após as fortes chuvas que atingiram a região e deixaram mortos.
Faz o L. Na arquibancada, os poucos apoiadores de Lula gritaram em apoio ao presidente durante várias partes do desfile. Muitos faziam o “L”, slogan de campanha de Lula, com as mãos. Alguns integrantes das escolas públicas que desfilaram, ao passar por Lula, também fizeram o L e corações.
Tão só. O ministro Márcio França (PSB) ficou distante do presidente e dos outros ministros no desfile, na parte de trás do espaço destinado às autoridades. França foi trocado de ministério na dança das cadeiras que Lula fez para incluir deputados do centrão no governo. Titular de Portos e Aeroportos, ele vai tomar posse da nova pasta de Micros e Pequenas Empresas.
Dama de vermelho. Lula desfilou no tradicional Rolls-Royce conversível ao lado da primeira-dama Janja da Silva, que vestia um vestido vermelho. O petista usava o mesmo terno usado na posse, em 1º de janeiro. Antes da chegada à Esplanada, Janja arrumou o terno e a faixa presidencial no peito do marido em cima do carro.
Vai, time! Ao final do evento, Lula juntou as mãos com os três comandantes das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) como uma equipe de futebol antes de entrar em campo. Ele tenta uma pacificação com os militares após o apoio dado governo Bolsonaro.
Silêncio de Rosa. Ao final do desfile, a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Rosa Weber, foi questionada pela reportagem sobre a expectativa para a próxima indicação do presidente Lula à Corte. Ele é cobrado por parte da opinião pública para indicar uma mulher. Ela apenas ficou em silêncio.