As imagens das câmeras de segurança do prédio onde o ator Victor Meyniel foi agredido pelo estudante de medicina Yuri de Moura Alexandre foram reunidas pela polícia e apontam que o porteiro do edifício, Gilmar José Agostini, levantou a vítima cerca de dois minutos após o fim das agressões.
O caso de homofobia aconteceu no dia 2 de setembro, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Em entrevista ao jornal O Globo, Victor contou que foi levantado pelo funcionário do prédio apenas por estar atrapalhando. “Enquanto estava caído, quase desacordado, o porteiro segurou a minha mão e me arrastou porque eu estava atrapalhando a passagem”, afirmou.
Veja o vídeo:
Ajuda a Victor Meyniel
De acordo com a delegada titular da 12ª DP (Copacabana), Débora Rodrigues, o comportamento do porteiro foi analisado por meio das imagens e ele foi autuado por omissão de socorro.
“Ele viu tudo e não fez nada. Ele não precisava se meter na briga, claro, pela integridade física dele, mas ele tinha o dever de pedir socorro”, disse a delegada.
Nessa terça-feira (5/9), a investigadora ouviu o síndico do prédio, Marcos de Carvalho Abrantes, que defendeu o funcionário. O porteiro foi descrito como uma pessoa simplória, que tem medo das coisas e cuida do irmão diabético e, por isso, não teria interferido na situação.
Briga
Ainda conforme a análise das imagens, a discussão entre Victor e Yuri durou cerca de 3 minutos. Durante todo o período, o porteiro apenas observa a cena. Já a sequência de socos na vítima, dura menos de um minutos. A agressão começa às 8h24m18s e termina às 8h24m55s.