Em meio à passagem de mais um ciclone extratropical no Sul do país, que deixou pelo menos 27 mortos no Rio Grande do Sul e um em Santa Catarina, além de milhares de desalojados e desabrigados, Lula optou por não ir ao local da tragédia natural, classificada pelo governo gaúcho como a maior do estado nas últimas quatro décadas.
Em seu lugar, os ministros Waldez Góes, do Desenvolvimento Regional, e Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, acompanhados pelo Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Aparecido Wolff, foram visitar as áreas mais afetadas pelo fenômeno climático.
Na agenda do presidente, constam encontros com o vice Geraldo Alckmin, os ministros Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, e da Defesa, José Múcio, além de uma visita à sede da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, todos em Brasília.
Vale lembrar que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi duramente criticado em dezembro de 2021 por andar de jet-ski na Praia do Forte, em São Francisco do Sul (SC), enquanto o estado da Bahia enfrentava uma grave crise causada por enchentes.
Embora não esteja de férias como Bolsonaro, Lula deveria ter ido acompanhar de perto os estragos causados pelo ciclone no Sul do país, assim como fez em fevereiro, quando sobrevoou as áreas atingidas pelas fortes chuvas no litoral paulista ao lado do governador paulista, Tarcísio de Freitas.
Não há nenhuma regra obrigando presidentes a sobrevoar áreas atingidas por catástrofes, mas não fazê-lo costuma ter um custo político.
Crusoé