Pedido foi para que aumentasse de 200 para 300 vagas a tribuna reservada ao alto escalão do Exército, Marinha, Aeronáutica e do Ministério da Defesa
As Forças Armadas solicitaram aumento de espaço na tribuna reservada para os militares que irão acompanhar o desfile de 7 de setembro, na próxima quinta-feira. O pedido foi para que aumentasse de 200 para 300 vagas o espaço reservado ao alto escalão do Exército, Marinha, Aeronáutica e do Ministério da Defesa. O pedido foi solicitado pelo Ministério da Defesa ao Palácio do Planalto.
Os militares também solicitaram mais convites para as arquibancadas controladas do desfile — locais onde a segurança é organizada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), em conjunto com as forças de segurança do Distrito Federal. As três Forças terão 2 mil espaços reservados nas arquibancadas para militares e familiares.
O intuito do Planalto é demonstrar, durante o desfile, o ambiente de normalidade na relação institucional entre governo e os militares, após tensionamento gerado com os atos golpistas de 8 de janeiro e o avanço de investigações da Polícia Federal sobre os fardados. Entre integrantes das Forças, o desfile será uma oportunidade de demonstrar ao presidente compromisso com a legalidade e prestígio da proposta elaborada pelo Planalto para a data. Na cúpula das Forças e o Ministério da Defesa, a data é vista como a chance de “virar a página” das tensões.
O desfile terá o tema “Democracia, soberania e união” e vem sendo organizado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), com a participação dos militares.
A celebração deve durar cerca de duas horas e terá quatro eixos temáticos: Paz e Soberania, composto por militares das Forças Armadas que participaram de missões de paz das Nações Unidas (ONU) e integrantes de associações que cultuam a memória da Força Expedicionária Brasileira (FEB); Ciência e Tecnologia, com alunos dos Institutos Militar de Engenharia, Tecnológico da Aeronáutica e engenheiros militares da Marinha do Brasil; Saúde e Vacinação, representado por integrantes do serviço de saúde das três Forças, além do Zé Gotinha; e Defesa da Amazônia, com militares do Exército.
— As Forças Armadas responderam de forma muito positiva o modelo proposto por nós de desfile. Viramos a página da intolerância, ódio e ressentimento. E as Forças tem papel importante nesse processo — disse o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, a Globo News.