Concorrente da Smart Fit, a rede de academias “low cost” Bluefit tem um novo controlador. O fundo árabe Mubadala Capital celebrou um contrato de compra e venda de ações da companhia por R$ 464 milhões, passando a deter 51% do capital social da empresa. A informação foi divulgada pela Bluefit aos investidores neste sábado (2), por meio de fato relevante.
Antes desta operação, o maior acionista da companhia era um fundo de private equity da gestora Leste, com 32,55% das ações.
Foto: Bluefit/Divulgação
A operação foi realizada por meio de um veículo do fundo Mubadala, a MC Brazil Fitness Holding S.A, que pagou R$ 114 milhões pela compra e venda de ações, já os R$ 350 milhões restantes serão investidos na empresa para subscrição de novas ações em aumento de capital.
Na data de fechamento da operação, a Bluefit também realizará um Acordo de Acionistas para regular direitos e obrigações, exercício ao voto, normas de governança corporativa e transferência de ações de emissão da companhia.
A operação ainda está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
Para quem não sabe, em meados do ano de 2021, a Bluefit chegou a tentar um IPO, em que tinha o objetivo de levantar R$ 600 milhões. Contudo, a empresa acabou desistindo devido à piora das condições de mercado.
A grande rival da SmartFit finalizou o mês de junho com 133 unidades e registrou prejuízo líquido de R$ 1 milhão no primeiro semestre, com aumento anual de 21,6% da dívida líquida.
Smart Fit de olho no Brasil
Depois de acelerar sua expansão no México no primeiro semestre, a Smart Fit (SMFT3) quer aumentar a carga para o Brasil nos próximos trimestres, de acordo com Edgard Corona, CEO da rede de academias. O momento de queda nos aluguéis, afirma ele, torna o ambiente mais favorável para a retomada de crescimento em território nacional.
No segundo trimestre do ano, o aumento no número de unidades no México foi de 27% em relação a igual período de 2022, chegando a 276 academias no país – no Brasil, o crescimento alcançou 4% no mesmo comparativo, para 639 unidades, ou 51% do total de academias da rede. O que definiu a escolha pelo México, diz, foram as condições macroeconômicas, que abriram espaço para o investimento.
“Nós estávamos com caixa, mas os juros [no Brasil] tornavam essa expansão mais cara. Onde tínhamos uma taxa de juros relativamente baixa e aluguel estabilizado? O México. Foi o que fizemos [expansão], mas agora vem a inversão e vamos acelerar no Brasil”, explica ao IM Business o executivo.
InfoMoney