A eleição de André Vechi (DC) na disputa fora de época de Brusque também pode ser considerada uma vitória do governador Jorginho Mello (PL). Vechi é um bolsonarista, e teve o apoio dos principais bolsonaristas do Estado. Apesar de ter concorrido pelo inexpressivo Democracia Cristã, Vechi deve migrar em 2024 pra o PL.
Na campanha desta eleição, Jorginho colocou um vice do partido. Deco Battisti foi o escolhido. Ao mesmo tempo, a base bolsonarista da Alesc e da Câmara dos Deputados reforçou a campanha de Vechi.
Adversários como Molina (MDB), candidato do prefeito cassado Ari Vequi, e Paulo Eccel (PT), ex-prefeito da cidade, não foram páreo ao ex-presidente da Câmara local que já comandava a cidade. Simas (PP) ainda foi quem mais fez frente ao vencedor, mas quase 10 mil votos distante.
Com uma desconfiança que ainda paira no ar sobre o tamanho do impacto de Jair Bolsonaro nas urnas em 2024, Jorginho, que comanda o PL em Santa Catarina, recebe um sinal que encorpa o partido para o próximo ano. Com Vechi mudando para a sigla, Brusque será a maior cidade do Estado sob o manto do PL.
Numa eleição fora de época e com pouco tempo de campanha, os ventos que sopraram devem ter deixado Jorginho satisfeito. Há quem diga que o partido dele possa fazer 100 prefeitos em 2024, uma meta ousada, mas que agora vai ficar ainda mais na cabeça de quem já lançou a ideia.
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