Nesta quarta-feira (10), o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, disse que se recusou a responder perguntas durante uma aparição diante o procurador-geral do estado de Nova York (NY) em uma investigação civil sobre as práticas comerciais de sua família.
“Recusei-me a responder às perguntas sobre os direitos e privilégios concedidos a todos os cidadãos sob a Constituição dos Estados Unidos”, disse Trump em comunicado. A Quinta Emenda da Constituição oferece proteção contra a autoincriminação.
A procuradora-geral do Estado de Nova York, Letitia James, está investigando se a Trump Organization inflou os valores dos imóveis. Trump e dois de seus filhos adultos, Donald Trump Jr. e Ivanka Trump, lutaram para evitar testemunhar, mas perderam.
A procuradora disse que sua investigação descobriu evidências significativas de que a Trump Organization, que administra hotéis, campos de golfe e outros imóveis, exagerava os valores dos ativos para obter empréstimos favoráveis e subestimava os valores para obter incentivos fiscais.
Trump, um republicano, negou irregularidades e chamou a investigação de Nova York de motivação política. James é uma democrata.
Trump levantou o punho ao deixar a Trump Tower na manhã de quarta-feira, vestindo um terno azul com um broche de bandeira na lapela, antes de seguir para o escritório do procurador-geral em Manhattan.
Policiais da cidade de NY e funcionários do Serviço Secreto ficaram de guarda quando a carreata que transportava Trump chegou.
“Não fiz nada de errado, e é por isso que, após cinco anos de busca, os governos federal, estadual e local, juntamente com a mídia de notícias falsas, não encontraram nada”, disse Trump em seu comunicado.
O depoimento não é público.