Presidente participou do Encontro Nacional do Agro, em Brasília (DF), organizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar, nesta quarta-feira (10/8), o ex-presidiário Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele chamou o petista de “malandro” e “sem caráter” por uma proposta presente no programa de governo, apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de regular a produção agrícola.
“A proposta de regulação da produção agrícola o cara já retirou. Malandro, como sempre, sem caráter. E quer dirigir o Brasil”, disse. O texto também foi duramente criticado por outras autoridades presentes, como o ministro da Agricultura, Marcos Montes.
“Será que essa regulação da política agrícola é politizar de novo a Embrapa? Será que é colocar insegurança na vida das pessoas?”, questionou o ministro.
Bolsonaro participou do Encontro Nacional do Agro, em Brasília (DF), organizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O evento teve tons bolsonaristas e defendeu diversas propostas do presidente e candidato à reeleição, algumas sem relação direta com o agronegócio, como a revisão do conteúdo dos livros didáticos da escola.
Também estavam presentes o candidato a vice de Bolsonaro, general Braga Netto, o presidente da Petrobras, Caio Mário Paes de Andrade, e os ministros Joaquim Leite (Meio Ambiente), Anderson Torres (Justiça) e Augusto Heleno (GSI), além do almirante Flávio Rocha, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência.
Entre os parlamentares, estavam a ex-ministra da Agricultura e deputada federal Tereza Cristina (PP-MS), o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sergio Souza (MDB-PR), e o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).
Em discurso de abertura, o presidente da CNA, João Martins da Silva Junior, disse que “não tem mais espaço nesse país para uma equipe corrupta e incompetente e muito menos o retorno de um candidato que foi processado e preso como ladrão”. Ele ainda defendeu a continuidade “do que estamos vendo hoje”, em sinalização pró-Bolsonaro.