O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, anulou provas da Odebrecht, que constam em seu acordo de leniência, contra o ex-senador Delcídio do Amaral em um inquérito que tramita na Justiça Eleitoral.
Toffoli estendeu a Delcídio o mesmo entendimento que beneficiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre as provas da Odebrecht, em 2020.
Ex-líder do Governo Dilma, Delcídio do Amaral foi preso em 2015 por suspeitas de obstruir a Operação Lava Jato, que pouco depois fechou uma delação premiada.
A decisão de Toffoli atinge os sistemas Drousys e MyWebDay B, usados na Odebrecht para gerir o “Setor de Operações Estruturadas”, departamento responsável por realizar pagamento de propina a políticos.
As provas não poderão ser usadas no inquérito que investiga se Delcídio recebeu 5 milhões de reais em caixa dois à sua campanha ao governo do MS, em 2014, pelo PT.
O caso foi aberto a partir da delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Benedicto Júnior e corre na Justiça Eleitoral do estado.