O plano de resgate de lideranças presas elaborado pela cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC) envolvia o sequestro de autoridades do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) para trocá-las por presos e, ainda, atentar contra instalações do órgão para conseguir a soltura de criminosos detidos nas penitenciárias federais. Entre eles, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, que foi transferido de Brasília para Porto Velho (RO) em março deste ano.
A Polícia Federal, em conjunto com o Depen, deflagrou nesta quarta-feira (10/9) a Operação Anjos da Guarda, que tem como alvo esse grupo criminoso. Cerca de 80 policiais federais cumprem 11 mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão em três unidades da Federação: Distrito Federal (Brasília); Mato Grosso do Sul (Campo Grande e Três Lagoas) e São Paulo (capital, Santos e Presidente Prudente).
Segundo as investigações, para viabilizar o plano, as lideranças criminosas fizeram uso de uma rede ilegal de comunicação por meio de advogados, que transmitiam e entregavam mensagens dos presos para criminosos fora da prisão envolvidos na tentativa de resgate e fuga. Pelo menos quatro defensores foram presos.
Para tanto, os investigados valiam-se dos atendimentos e das visitas em parlatório, usando códigos que remetiam a situações jurídicas que não existiam. Cerca de quatro defensores do comando foram presos nesta quarta.