Roberto Jairo Jaramillo Cardenas, presidente da Federação Nacional de Governadores da Colômbia, visitou o Brasil para conhecer melhor a produção de etanol local. O político está interessado no modelo de adição do combustível à gasolina para alavancar a produção de açúcar em seu país.
De acordo com o político, a Colômbia pode se beneficiar com o modelo brasileiro de incentivo ao uso de etanol. “Isso pode ser uma solução em nível ambiental, social e econômico para muitas famílias”, disse Cardenas.
Gasolina e etanol
A mistura da gasolina leva 27% de adição do biocombustível no Brasil. Os colombianos chegaram a fazer uso de uma fórmula com 10% de mistura, que durou até 2021. Na época, a medida visava a diminuir os níveis de poluição nas grandes cidades e contribuir para a redução da emissão de carbono.
Missão colombiana
Cardenas esteve no Brasil entre 21 e 25 de agosto. Ele se encontrou com Evandro Gussi, presidente daUnião da Indústria da Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). A cultura é a principal fonte para produção brasileira do biocombustível. Foram 30 bilhões de litros em 2023, sendo 85% com origem nos canaviais.
O agronegócio brasileiro tem a maior safra de cana-de-açúcar no planeta. E a Unica é o principal órgão do setor no país.
A missão visitou áreas produtoras de cana-de-açúcar em São Paulo. O Estado concentra cerca de metade dos canaviais do país e é o maior produtor nacional do biocombustível. Além disso, o político da Colômbia esteve na fábrica da Toyota em Sorocaba, no interior paulista, para conhecer as diferentes rotas tecnológicas para o etanol e testar automóveis movidos com esse biocombustível, como o híbrido flex.
“Mostramos aos representantes do governo colombiano o potencial dos biocombustíveis para a descarbonização do setor de transportes com o etanol”, disse Gussi. “É uma rota que já existe, é conhecida e que certamente estará no caminho das células de hidrogênio, que é considerado o combustível do futuro pelas montadoras.”
Revista Oeste