Para saber se alguma comida ainda está boa para comer, é comum levar alimento próximo ao nariz para cheirá-lo —uma forma do senso comum de averiguar se a comida está própria para consumo. Mas, segundo Matthew Gilmour, cientista e autor do estudo “Micróbios na cadeia alimentar”, essa checagem pode não ser tão eficaz assim para uma detecção de possíveis bactérias na comida.
“Os micróbios que mais são associados a doenças transmitidas por alimentos, como Listeria e Salmonella, provavelmente serão quase impossíveis de detectar com o teste do cheiro”, disse o especialista em artigo publicado no site The Conversation.
De acordo com Gilmour, mesmo que alguma comida tenha alguma bactéria, a quantidade presente seria tão pequena que uma possível produção de odor seria “totalmente imperceptível para nossos narizes”. Há, no entanto, comidas as quais o especialista considerou ser possível realizar o teste do cheiro.
Mas, e o mau cheiro exalado por uma comida depois de um longo período de tempo?
Gilmour recomenda o teste do cheiro para verificar a qualidade do leite, por exemplo. O azedamento da bebida, segundo ele, está associado às condições ruins de armazenamento ou ao longo tempo o qual tenha ficado na geladeira ou fora dela.
No artigo, o cientista afirmou que a verificação de algum alimento apenas pelo cheiro é imprecisa. “Se algum dia estiver preocupado em ficar doente por causa dos meus alimentos, minha energia é melhor direcionada para armazená-los na temperatura certa e cozinhá-los pelo tempo adequado, em vez de confiar no meu nariz para detectar um patógeno”, concluiu ele.
Extra/Globo