Companhia aérea ultra low cost fundada no pós-pandemia, a Arajet desembarca no Brasil no dia 21 de setembro conectando São Domingos e Punta Cana, na República Dominicana, ao aeroporto de Guarulhos. Com um modelo de negócio em que até a bagagem de mão é cobrada, a companhia promete passagens 50% mais baratas do que a concorrência.
A Arajet tem como investidores os fundos de private equity americanos Bain Capital — que tem no portfólio as companhias Virgin Australia e a Icelandair — e Griffin Global Asset Management. A frota é formada por Boeings 737-8 Max. Já são 10 em operação e a empresa tem um pedido de mais 35 com a fabricante americana, entre firmes e opções, que devem chegar nos próximos 5 anos.
Víctor Pacheco Méndez, CEO da empresa, estima que 50% da demanda deverá vir turistas brasileiros interessados no Caribe. (Quem tiver como destino final as praias de Punta Cana ou Bávaro pode reservar no mesmo bilhete um assento em um ônibus exclusivo que sai do aeroporto.)
A outra metade dos passageiros deve fazer conexão para outros oito destinos, incluindo Cidade do México e Toronto. Em breve, a empresa deve oferecer conexões também para Miami e Orlando, abrindo mais uma opção para brasileiros que vão para a Disney ou fazer compras na Flórida. — Temos pedidos junto às autoridades dos EUA para 17 destinos no país — diz Méndez, que está interessado também na demanda dos 2,2 milhões de pessoas de origem dominicana que vivem nos EUA.
Em um ano de operação, a Arajet já inaugurou 22 destinos em 15 países nas Américas, do Chile e Argentina ao Canadá.
No Brasil, a empresa vai começar com 3 voos diários para testar o mercado — podendo ampliar a frequência a depender da demanda. São três categorias de tarifa, que começam em US$ 509,30 ida e volta incluindo as taxas de embarque. Para despachar bagagem, paga-se mais US$ 100. Já a bagagem de mão custa de US$ 50 a US$ 80, dependendo da antecedência da compra.
Segundo Méndez, a cobrança pela mala de mão faz com que as pessoas despachem tudo no porão para pagar uma vez só, o que acaba agilizando o embarque e o desembarque. O serviço de bordo também é cobrado, mas o CEO da Arajet garante que os preços são “3 vezes mais baratos” do que nas cafeterias dos aeroportos.
A empresa não descarta voar para o RIOGaleão. — Vamos começar por Guarulhos e depois expandir. Estamos só começando — afirma. A expectativa com os voos de Guarulhos é de que 70% da demanda seja de brasileiros e 30% da América Central.
O Globo