Por 5 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para liberar o porte de maconha para uso pessoal, definindo que pessoas flagradas com pequenas porções sejam tratadas como traficantes.
Ainda falta a definição do placar final da Corte, que interrompeu a votação com o pedido de vista (mais tempo para análise) do ministro André Mendonça. Falta também definir qual seria a quantidade limite da droga.
Até agora, o único voto contra a descriminalização do porte de maconha foi de Cristiano Zanin, recém-chegado ao STF e indicado de Lula. A decisão do ministro frustrou o eleitorado do presidente.
Após Zanin votar contra a descriminalização da maconha para uso pessoal, @flaviaol diz que o ministro já tinha dado sinais de que não seria progressista. A comentarista ainda destaca que os argumentos do indicado de Lula ao STF não se sustentam. Entenda.
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— GloboNews (@GloboNews) August 25, 2023
Apesar do tom de surpresa e derrota com que a base aliada de Lula recebeu o voto, nunca houve indicações de que Zanin seria um ministro progressista. É o que avalia Flávia Oliveira em entrevista a Natuza Nery.
“Zanin não prometeu ser progressista”, destaca Flavia. “O que tem mostrado até aqui é um apego muito grande à letra fria.”
Em junho deste ano, a comentarista da Globonews avaliou o desempenho do advogado na sabatina dos senadores para ser aprovado no STF. Ela destacou que Zanin não se aprofundou em assuntos polêmicos como aborto, legalização das drogas e direitos civis.
No podcast O Assunto, Flávia Oliveira ainda avalia que o perfil de Zanin deve levar a base aliada de Lula a pressionar o presidente para que a próxima indicação ao STF seja mais progressista, priorizando mulheres negras.
“Se Lula não indicar alguém de perfil progressista, teremos uma composição mais conservadora do Supremo”, analisa Flávia Oliveira.
G1