A CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) pediu nesta sexta-feira (25) às autoridades da Guatemala medidas de proteção para o presidente eleito do país, Bernardo Arévalo, que estaria sendo ameaçado de morte, informa a Folha.
Arévalo, diplomata e filho do ex-presidente Juan José Arévalo, venceu as eleições no país da América Central quatro dias atrás com uma vantagem de 21 pontos sobre sua oponente, a ex-primeira-dama Sandra Torres —que ainda não reconheceu o resultado das eleições e, nesta sexta (25), alegou irregularidades na contagem dos votos.
Segundo a CIDH, o presidente eleito e a vice em sua chapa, Karin Herrera, estão em “situação grave e urgente de risco”. Em nota, o governo guatemalteco afirmou que vai aumentar os dispositivos de segurança de ambos.
Em 15 de agosto, ainda antes do segundo turno, três fontes do Estado disseram à equipe de segurança de Arévalo que havia um plano para matá-lo, “com participação de agentes estatais e indivíduos particulares”, escreve a Folha.
No dia do pleito, 20 de agosto, após a vitória do candidato, quatro procuradores pediram uma reunião com o político e o avisaram de uma suposta ameaça de grupos criminosos. Desde sua eleição, Arévalo não promoveu nenhuma grande comemoração pública.
Créditos: O Antagonista.