Na busca por produtos para substituir o açúcar, temos uma vasta gama de adoçantes artificiais com promessas de caloria zero. O ciclamato de sódio, por exemplo, é muito comum em bebidas de frutas e refrigerantes, assim como em gelatinas e iogurtes. Para um consumo seguro, no entanto, é importante que o limite de ingestão diário seja respeitado.
O perigo do ciclamato mora aí: enquanto para a maioria dos adoçantes é preciso uma grande quantidade de alimento para ultrapassar o valor, o ciclamato possui um limite pequeno, de 11 mg por quilo de peso. Para piorar, ele está cada vez mais presente nos alimentos.
De olho no rótulo
Na lista de ingredientes, ele costuma aparecer como edulcorante ciclamato de sódio ou pelo INS. As bebidas dietéticas devem mostrar a quantidade utilizada, mas para os demais tipos de alimentos não é obrigatório — assim, fica difícil ter consciência da quantidade que estamos ingerindo.
Para crianças, a preocupação é maior, já que podem exceder o limite com mais facilidade. Um refrigerante contém 72 mg em 100 ml, logo uma criança de 30 kg precisaria de pouco mais que uma lata para ultrapassar os limites.
Esse adoçante foi proibido em muitos países na década de 1970 por suspeitarem da sua relação com câncer na bexiga.
Estudos posteriores derrubaram essa hipótese, mas ele segue proibido nos Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão. Apesar de não ser absorvido pelo organismo, no intestino a sua conversão gera metabólitos que podem incidir em síndrome metabólica e resistência à insulina. Por isso, cuidado.
Metrópoles