Anitta, 30, em entrevista ao jornal O Globo:
Como lida com comentários negativos e ‘haters’: “Fui a primeira pessoa a ser cancelada no Brasil, quando ainda não existia esse termo, e amadureci diante do público. De certa forma, os cancelamentos me ajudaram a ficar mais forte, e ainda abri caminhos. Fui criticada quando fiz plástica. Na época, minha mãe me proibiu de ver TV porque estavam acabando comigo em todos os canais. Hoje em dia, todo mundo posta ‘dia 1, dia 2 da plástica’. E quando tacaram latinha em mim no show e eu acabei com a pessoa? Achei que minha vida tinha acabado. Hoje, a Cardi B taca o microfone na mulher que jogou água nela, e tudo bem. Mas, no meu episódio, ainda me via como uma pessoa de raiz pobre.”
Relação com o namorado, o ator italiano Simone Susinna: “Por eu ser muito marqueteira, as pessoas começaram a ver a minha vida como uma grande estratégia. Mas, cada vez mais, tenho feito o que me deixa feliz. Antes, me preocupava muito com o momento certo de aparecer. Agora, vivo o que quero, e se o povo falar, falou. Também ficava mostrando detalhes da minha vida 24 horas na internet, tinha essa carência, um mini desespero de estar sempre em alta. Para encontrar a paz, no trabalho, na família ou no amor, preciso, em primeiro lugar, me sentir completa sozinha. Estou feliz, plena e o Susinna está me fazendo bem, mantendo a frequência alta.”
Namoro à distância: “Adoro a distância. Acho ótimo, maravilhoso. Ninguém briga… Manter a distância é bom até com os amigos e familiares. Se eu morasse com a minha mãe, a gente ia estar se odiando. Só com meu pai falo todos os dias.”
Problemas de saúde e suspeita de câncer: “Há exatamente um ano, resolvi várias questões, principalmente de saúde, com a constelação familiar. Eu estava muito doente, com suspeita de câncer, tumor no pulmão, bexiga comprometida. Fiz tratamentos, diálise. Ninguém conseguia descobrir o que era. Achei que ia morrer, já estava escrevendo o testamento e decidindo o que fazer com as músicas. Fiquei cinco meses sem trabalhar, toda vez que tentava voltar, passava mal, precisava de oxigênio. Minha família se reunia todos os dias às 18h para rezar por mim, nesse nível. Eu me curei quando comecei a me tratar mental e energeticamente. Isso tudo aconteceu no ano em que fiz 30. Foi o meu retorno de Saturno.”
Como encara comentários de ter ‘vencido na vida’ por estar namorando o ator italiano: “Eu me fiz sozinha, conquistei tudo o que tenho sem a ajuda de nenhum homem. E não quero que as pessoas me vejam como uma referência porque consegui um namorado ou um marido legal. Até porque amanhã posso desistir dele e querer ficar sozinha. Mas é fato: o próprio algoritmo engaja mais quando você está em um relacionamento (…) Mas não podemos cair nessa armadilha de nos valorizarmos por termos encontrado um par. É uma questão social. Por que quando um homem está solteiro entendemos que é uma opção e quando uma mulher está solteira entendemos que ela foi largada? Penso o contrário. Uma mulher solteira tem que ser mais valorizada, pois soube dizer não ao que não era o suficiente para ela.”
Como se vê em 10 anos: “Em 10 anos, quero estar mais tranquila, desapegada do dinheiro, morando no meio do mato, plantando a minha comida, com um ou dois filhos. Se eu quiser, aliás, já posso viver assim. Já ando diminuindo o ritmo, fazendo menos shows. Escolho vir ao Rio para me apresentar uma vez ao ano, nos shows de verão que adoro a vibe. Fazer muito cansa e te faz perder o prazer. Já fiz o meu papel, e arrasei.”
Fonte: Splash/UOL.