Um policial militar que atua na região da cracolândia, no centro de São Paulo, foi preso nesta sexta-feira (19) sob suspeita de tráfico de drogas após uma operação da Polícia Civil ter encontrado drogas em seu carro particular. Segundo a Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo, o soldado teve a prisão preventiva decretada e foi encaminhado ao presídio militar Romão Gomes, na zona norte da capital.
Em nota, a ouvidoria informou que o policial trabalha como motorista do carro oficial do comandante do 13º Batalhão da Polícia Militar, localizado na avenida Rio Branco, e que seu carro particular estava em uma oficina quando ocorreram as diligências. Ele não estava presente no momento da apreensão.
Segundo o órgão, o Comando de Policiamento de Área Metropolitano 1 (CPA/M1), responsável pela área do 13º batalhão, não encontrou qualquer indício de envolvimento do comandante da unidade com a droga encontrada. As investigações ocorrem em sigilo.
Procurada, a secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou a prisão do policial militar, mas que os detalhes serão preservados porque a investigação corre em segredo de Justiça. “A Polícia Militar ressalta que não compactua com desvios de conduta e toda denúncia recebida é apurada com rigor”, informou trecho da nota. A Folha não encontrou a defesa do policial.
A Polícia Militar voltou a atuar com mais destaque na cracolândia no início deste ano após a troca de comando do governo estadual e início da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos). A mudança ocorreu depois da troca do delegado responsável pelas operações na cracolândia, que vinham sendo realizadas pela Polícia Civil e a GCM (Guarda Civil Metropolitana).
A região conhecida pela concentração de usuários de drogas tem sido palco de confrontos entre comerciantes, moradores e frequentadores da cracolândia. Nas últimas duas semanas, foram organizados três protestos contra a ocupação de rua na Santa Ifigênia pelos usuários de drogas.
Um homem foi morto na última quarta-feira (16) durante tentativa de roubo. O porteiro João da Silva Sousa, 54, foi assassinado com um golpe de arma branca na lateral esquerda do tórax. Ele foi atacado no largo General Osório, por volta das 18h20, enquanto seguia para o trabalho.
Testemunhas relataram a guardas-civis metropolitanos que a vítima foi atacada por um ladrão que aparentava ser morador de rua e usuário de drogas. A abordagem ocorreu a poucos passos do fluxo, na rua dos Protestantes.
Fonte: Folha de São Paulo.