Ala pró-Lula reassumiu o comando da legenda, mas Pablo Marçal insiste em continuar na disputa
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgará na quarta-feira (10) a liminar do ministo da corte Ricardo Lewandoski sobre o retorno de Eurípedes Júnior ao comando do Partido Republicano da Ordem Social (PROS).
O contencioso pelo diretório nacional da sigla tem vários capítulos. O último ocorreu na sexta-feira (5), quando uma convenção do partido, sob o comando de Eurípedes , revogou as candidaturas ao Planalto de Pablo Marçal e Fátima Pérola Neggra aos cargos de presidente e vice, respectivamente.
Eurípedes recuperou o comando por decisão de Lewandowski, e defende que a sigla se junte à coligação Brasil da Esperança, que já tem nove partidos unidos em torno de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A ala que comandava o partido até então, chefiada por Marcus Holanda, porém, já havia registrado a candidatura de Marçal e, por isso, o caso será discutido na Justiça. A chapa de Lula foi inscrita no TSE inicialmente sem o PROS.
De acordo com atas enviadas pelo partido ao TSE no sábado (6), a comissão da Executiva Nacional do partido se reuniu às 15h30 no Distrito Federal para deliberar sobre a revogação da candidatura de Marçal. Após a aprovação, uma convenção foi realizada às 18h do último dia do prazo, ratificando a anulação da candidatura e dando poderes para que o comando do partido decida os rumos da legenda.
Como Eurípedes Júnior já fechou com Lula, se ele vencer a batalha judicial a legenda estará com o petista, ajudando a engordar mais um pouquinho o horário eleitoral do ex-presidente.
Pablo Marçal, porém, tem alegado que não vai desistir da candidatura e que lutará até o fim. Ele afirma que já foi registrado, que a candidatura já tem CNPJ e que, por isso, não pode mais ser afastado da disputa. Aliados de Marçal também afirmam que a convenção de sexta-feira (5) não teria cumprido os prazos legais para a realização.
A batalha pelo comando do PROS já registrou várias reviravoltas. Eurípedes, o fundador da sigla, ganhou a disputa na primeira instância. Contudo, uma decisão no Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) devolveu o comando da sigla para Marcus Holanda.
No dia 31 de julho, o ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), novamente colocou Eurípedes no comando. Dois dias depois, porém, outra decisão do STJ mudou de novo a presidência do PROS.