A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou haver indícios de que oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) apagaram mensagens do celular e “podem ter se comunicado por outras formas ainda não identificadas pela PGR ou pela Polícia Federal”.
A informação foi repassada ao Supremo Tribunal Federal (STF) para comprovar a necessidade do cumprimento de mandados de busca e apreensão na casa de militares da corporação suspeitos de agir com negligência diante dos atos extremistas de 8 de janeiro de 2023.
As medidas foram autorizadas pelo Supremo e cumpridas no âmbito da Operação Incúria, deflagrada pela PF e pela PGR, nesta sexta-feira (18/8).
Os alvos foram: Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da PMDF; Klepter Rosa Gonçalves, atual comandante-geral da corporação; além de Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, Paulo José Ferreira de Sousa e Rafael Pereira Martins. Os outros dois investigados — Flávio Silvestre de Alencar e Jorge Eduardo Barreto Naime — não foram alvos de busca, porque já estavam presos.
A PGR denunciou esses e outros investigados ao STF por crimes omissivos impróprios, em virtude de não terem agido como deveriam enquanto representantes do Estado.
Confira a lista dos presos:
- coronel Fábio Augusto Vieira: comandante-geral da PMDF em 8 de janeiro de 2023;
- coronel Klepter Rosa Gonçalves: subcomandante da PMDF na mesma data e nomeado para o cargo de comandante-geral em 15 de fevereiro seguinte;
- coronel Jorge Eduardo Naime Barreto: comandante do Departamento de Operações da PMDF em 8/1, mas havia entrado de licença em 3 de janeiro;
- coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra: comandante do Departamento de Operações da corporação, no lugar de Naime, em 8/1;
- coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues: chefe do 1º Comando de Policiamento Regional da PMDF em 8 de janeiro de 2023;
- major Flávio Silvestre de Alencar: atuou em 8 de janeiro de 2023; e
- tenente Rafael Pereira Martins: atuou em 8/1.
O coronel Jorge Eduardo Naime e o major Flávio Silvestre de Alencar já estão presos. A Procuradoria-Geral da República pediu a manutenção da prisão.
Metrópoles