O advogado Ariovaldo Moreira, que defende o hacker Walter Delgatti — conhecido como hacker da Vaza Jato — já postou uma foto com o livro que conta a história do presidente Lula e pediu que seus seguidores fossem a uma noite de autógrafos da biografia. Conforme Moreira, todo o valor da venda seria revertido a Delgatti.
“É com muita alegria que venho anunciar que dia 13/12 o grande escritor Fernando Morais fará uma noite de autógrafos na nossa cidade, onde os direitos autorais dos seus livros vendidos no dia serão revertidas ao Walter Delgatti”, publicou Moreira em novembro de 2021 em seu perfil no Instagram.
A publicação veio à tona na tarde desta quinta-feira, 17, durante uma sessão da CPMI do 8 de Janeiro. O hacker da “Vaza Jato” depõe ao colegiado desde às 9 horas da manhã. Na ocasião, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) estava inquerindo Delgatti sobre quem custeava os honorários de seu advogado.
O hacker, contudo, permaneceu em silêncio — como esta fazendo com todos os questionamentos dos parlamentares da oposição. “O senhor tem alguma ligação com partidos de esquerda? O seu advogado tem?”, continuou Flávio.
Então, o senador mostrou a publicação de Moreira segurando o livro do presidente. Em 2022, em entrevista à revista Fórum, Delgatti disse que “votaria” em Lula e que faria “campanha” em prol de sua eleição. “O Walter de hoje, sem dúvida alguma, aperta o 13”, disse a época.
Hacker da ‘Vaza Jato’ faz acusações contra Bolsonaro
À CPMI, o hacker acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro de ser o “mentor” de um plano para comprovar a fragilidade das urnas eletrônicas. A pedido do ex-presidente, o hacker deveria invadir as urnas para manipular o código-fonte do sistema eletrônico de votação, ou criar o próprio código-fonte em uma urna cedida pela Ordem dos Advogados do Brasil.
Delgatti ainda disse que Bolsonaro pediu para ele assumir a responsabilidade de um grampo que teria sido colocado no ministro Alexandre de Moraes, do STF.