A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou que irá apresentar uma queixa-crime contra o hacker Walter Delgatti Netto por crimes contra a honra. Os advogados do ex-mandatário estão reunidos, na tarde desta quinta-feira, e avaliaram que ele sofreu calúnia e difamação durante o depoimento prestado na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), no Congresso Nacional.
Na sessão, Delgatti Netto afirmou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes teria sido grampeado. Segundo ele, em uma reunião com Bolsonaro, em 2022, ouviu que o governo já tinha conseguido grampear o magistrado e pediu que ele assumisse a autoria do crime.
— Segundo ele (Bolsonaro), eles haviam conseguido um grampo, que era tão esperado à época, do ministro Alexandre de Moraes. Que teria conversas comprometedoras do ministro, e ele precisava que eu assumisse a autoria desse grampo — disse Delgatti.
— Eu era o hacker da Lava-Jato, né. Então, seria difícil a esquerda questionar essa autoria, porque lá atrás eu teria assumido a ‘Vaza-Jato’, que eu fui, e eles apoiaram. Então, a ideia seria um garoto da esquerda assumir esse grampo — afirmou. — Eu era o hacker da Lava-Jato, né. Então, seria difícil a esquerda questionar essa autoria, porque lá atrás eu teria assumido a ‘Vaza-Jato’, que eu fui, e eles apoiaram. Então, a ideia seria um garoto da esquerda assumir esse grampo.
Delgatti Netto relatou ter encontrado com o ex-presidente durante um café da manhã, em agosto do ano passado, em que ele o questionou sobre a possibilidade de invadir as urnas eletrônicas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo o hacker, Bolsonaro teria dito “eu preciso que você vá até o ministério da Defesa e converse com os técnicos”.
Nas redes sociais, o advogado e ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten negou os crimes.
“NUNCA, JAMAIS, houve grampo, nem qualquer atividade ilegal, nem não republicana, contra qualquer ente político do Brasil por parte do entorno primário do Presidente. Mente e mente e mente”, escreveu.
O Globo