Candidato à Presidência da Argentina mais votado nas primárias, no domingo passado, Javier Milei foi à televisão ontem, terça-feira (15), para apresentar com ludicidade a sua proposta para enxugar o gabinete ministerial do Estado.
Ele rabiscou a caneta, em uma lousa, todos os ministérios que pretende fechar. A cena aconteceu durante entrevista ao canal televisivo do jornal La Nación.
Milei sugeriu eliminar 11 dos 18 ministérios existentes.
“A pergunta é: se você tem um parasita, prioriza quem, o corpo ou o parasita?”, diz Javier Milei, candidato mais votado nas primárias da Argentina, ao apresentar seu plano de redução de ministérios. https://t.co/Uc7MlRw32h pic.twitter.com/JwLZoVaWQC
— O Antagonista (@o_antagonista) August 16, 2023
Os alvos são esperados de um candidato autodeclarado libertário, ou seja, um defensor radical da redução do Estado. Eles também servem à sua retórica antissistema.
Dentre o que propõe eliminar, estão as pastas das Mulheres, do Meio Ambiente, do Trabalho e da Educação, assim como os da Cultura e da Ciência. Milei propõe até mesmo o fim do Ministério da Saúde.
Haveria apenas 8 pastas. Sobreviveriam os ministérios de Economia, Justiça, Relações Exteriores, Defesa, Segurança, Interior e Infraestrutura.
A oitava pasta seria a do Capital Humano, que incorporaria as funções hoje exercidas por Saúde, Trabalho, Educação e Desenvolvimento Social.
Milei já tem o nome para comandar esse chamado “superministério”. Trata-se de Sandra Pettovello, assessora da campanha para temas de saúde e infância.
Se o candidato conseguir impor sua vontade, ele reduzirá o gabinete ministerial do Estado argentino ao seu menor tamanho desde a década de 1990, ao final do segundo mandato de Carlos Menem, o peronista liberal ídolo de Milei.
Crusoé