Em evento com parlamentares, nesta terça-feira (15/8), o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que a autoridade monetária não tem “nenhuma previsão” de cobrar pelo Pix, sistema de transferências e pagamentos instantâneos criado pela autoridade monetária.
“Em relação se o Pix vai ser cobrado, o Banco Central não tem nenhuma previsão de cobrar o Pix”, disse Campos Neto em almoço promovido pela Frente Parlamentar Mista do Empreendedorismo (FPE) e representantes do Instituto Unidos Brasil (IUB), em Brasília.
Ele, porém, ponderou: “O Banco Central não manda no governo inteiro”. As declarações foram dadas em resposta a uma pergunta de uma deputada presente no evento.
Campos Neto ainda se disse contra a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), uma cobrança que incidiu sobre todas as movimentações bancárias — exceto nas negociações de ações na Bolsa, saques de aposentadorias, seguro-desemprego, salários e transferências entre contas correntes de mesma titularidade. Ela foi aplicada no país entre 1997 e 2007.
O presidente do BC salientou que foi contrário à ideia de uma nova CPMF, levantada no governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por entender que esse tipo de cobrança “gera ineficiência”.